Não se pode ensinar os alunos a cobrarem seus direitos, vermes professores revolucionários!

Não se pode ensinar os alunos a cobrarem seus direitos, vermes professores revolucionários!

Recebi a mensagem abaixo por email.

Viva a internet.

Não conheço o professor, então não sei da veracidade do caso – estou apenas ajudando a divulgar.

Se alguém souber que não for verdade, por favor, entre em contato comigo.

Mas, não me surpreendem casos deste tipo.

Depois que conseguem sair de sala de aula, 90% dos “professores(as)” esquecem que um dia foram professores e viram aqueles escravos de confiança do Senhor escravocrata, ajudando-o a punir os ex-colegas.

Conheço esta história por experiência, e não apenas uma ou duas vezes.

Não se pode ensinar os alunos a cobrarem seus direitos, vermes professores revolucionários!

Professor é para “ensinar” a matéria, não para construir cidadania, não para ensinar a pensar, não para ensinar a se rebelar, vermes malditos professores que cismam em formar um cidadão e não se contentam em manter os alunos em sala de aula sentados nas carteiras ouvindo ouvindo ouvindo…

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira
Verme

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Um professor de Filosofia da rede Estadual de ensino está sofrendo perseguição política por ter auxiliado alunos do colégio Estadual Leopoldina da Silveira, em Bangu, a se posicionar numa manifestação pacífica contra as péssimas condições em que se encontravam aquela escola onde, por exemplo, dentro de sala fazia um calor desumano e os aparelhos de Ar Refrigerado, alugados a pesos de ouro pelo governo, apodreciam no pátio. Quem puder tomar ciência do caso e compartilhar, por favor, não se intimide diante disso!

Segue Carta do Professor Mauro Célio da Silva, o Professor Maurinho:

Sobre o meu processo na escola:

Eu professor de filosofia Mauro Celio da Silva, venho por meio desta esclarecer sobre o processo que terá uma audiência no dia 28 e 29 de fevereiro.

Querem retirar todo o valor da movimentação dos alunos que ocorreu no ano de 2011 em fevereiro no c.e. Leopoldina da Silveira por conta da manifestação pela climatização. Para isso, o governo me acusa de ter posto a vida dos alunos em risco, como se eles não tivessem autonomia para fazer um movimento que denunciasse a direção da escola e a mazela do governo e como se eu e outros professores não pudessemos participar.

No dia da presente movimentação, fizemos uma reunião na escola para formar comissão e ir até o governo. A direção, que participou da reunião e até mesmo foi a própria diretora Luiza que redigiu a ata, no dia marcado para ir, se retirou e tentou impedir a ida de alunos que obtinham autorização dos pais. O próprio governo na época nos recebeu na SEEDUC e foi até a escola na figura do seu subsecretário Antonio Neto, e este percebeu a calamidade da situação. Inclusive revogando uma advertência que tomei na época, que absurdamente afirmava: ” cumpre-nos registrar que a conduta inadequada do professor Mauro Celio ao fomentar movimentos revolucionários “.

Pois bem, a partir daí a metropolitana IV começou a abrir uma sindicância interna, como eles mesmos afirmam, na clara tentativa de me incriminar (fui convocado e compareci na presença do sindicato, eles afirmaram que eu não poderia entrar com o SEPE. então me recusei a dar meu depoimento, entrei com pedido de inteiro teor e não obtive resposta). Só no final do ano, sendo convocado às pressas e sob ameaça é que consegui ter acesso ao processo. É preciso deixar claro que as pessoas que depuseram contra mim, em momento nenhum estiveram envolvidas e nem procuraram se inteirar do assunto, simplesmente saíram dando depoimentos de que receberam informação de que eu impedi a entrada de alunos e que coloquei a vida de alunos em risco. Detalhe: pessoas que nem eu e nem os alunos conhecíamos. A direção é quem informou. Ué, como afirmei acima, a própria direção do colégio participou de uma reunião, juntamente com alunos, representantes de sindicato, grêmio e professores do dia.

Fato interessante, é que a ata da reunião sumiu, mas com a pressão de professores e alunos, apareceu, porém sem a folha em que constava a reunião ocorrida no dia da manifestação. Quando eu disse que precisávamos reunir a todos que estavam no dia e produzir um documento, sem juízo de valor, assumindo que ocorreu a reunião, simplesmente a direção afirmou que não assinaria. Dias depois, novamente com a pressão de alunos e professores, a direção afirmou que havia produzido um outro documento, mas quando fomos conferir, o tal documento não condizia com a verdade. O que fizeram realmente foi juntar o que ela mesma chama de “amigos” numa sala e produzir um documento absolutamente equivocado a respeito de datas e acontecimentos da época. Assinaram o documento a direção ( Luiza e Elisa ) e dois outros professores ( Graça , história, que faz parte da GIDE e Denise, português). Eu mesmo e outros professores e alunos envolvidos nem fomos chamados.

Vamos ficar atentos, dias 28 e 29 de fevereiro estarei prestando depoimento, às 13 horas na SEPLAG (rua Erasmo Braga) 18° andar.

Bem , pra pensar:

Alunos e professores fazem manifestação, o governo comprova que realmente a situação era insuportável. O que há de mais nisso?

Vida em risco? E o abuso? A situação insuportável?

O governo deveria abrir sindicância para saber o porquê de não ter ventiladores (?)

Obs,: o próprio subsecretário Paulo, esta semana estava no colégio justificando o atraso nas obras e na colocação do ar condicionado e afirmou: “ano passado vocês precisaram se manifestar e cobrar direitos”. Isto é, parece que não há diálogo entre a SEEDUC e a metropolitana IV, ou então, entre a metroplitana e a direção, ou então…

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No Diário do Professor você encontra artigos e links sobre o dia-a-dia da Educação:

Planos de aula, Atividades, Práticas, Projetos, Livros, Cursos, Maquetes, Meio Ambiente… e muito mais!

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Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

One thought on “Não se pode ensinar os alunos a cobrarem seus direitos, vermes professores revolucionários!

  • 13/02/2012 em 17:01
    Permalink

    Todo mundo sabe que Bangu é o bairro mais quente do Rio. E todo mundo sabe que, em relação a escola pública do municipio e do estado os investimentos carece de transparência, respeito ao professor e aluno e compromisso.
    Todos nós devemos exigir melhores condições e faz parte de nossa rotina o diálogo sobre o espaço onde devemos produzir conhcimento.
    respeito aos educadores e educando?
    Eu apóio
    Luiz Costa
    educador

    Resposta

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