De volta das férias, mas nem por isso menos estressado…
De volta das férias, mas nem por isso menos estressado…
Desculpem-me o lapso de tempo entre meu último artigo e este, mas nas férias eu realmente não quis nem lembrar que sou professor de ensino fundamental de escola pública de periferia.
Mas eis-me aqui, dentro da escola e da minha atual realidade de vida.
As “novidades” apresentadas pelos maravilhosos gestores são, como sempre foram, em sua maioria idiotizantes, imbecilizantes, culpabilizantes do professor.
No Rio, faz-se malabarismos com o horário para “adequar” a carga horária à lei do 1/3 de planejamento.
Quando interessa a eles, trabalhamos com “hora-aula”; quando interessa a eles, trabalhamos com hora corrida.
Acreditem, inclusive, que a cara-de-pau chega a afirmar que o tempo de RECREIO é tempo de planejamento a contar dentro dos 1/3!!!
Em Niterói nem se fala sobre o assunto.
Que dificuldade os maravilhosos gestores têm de oferecer aos professores melhores condições de trabalho!
Será que é para que a educação não melhore e assim eles possam contratar a peso de ouro suas ONGs, Institutos e Fundações amigas?
Não, não podem ser tão maquiavélicos…
Mas… as fundações “roberto marinho ayrton senna getúlio vargas” da vida continuam faturando horrores com uma pseudo-educação, fingindo que fazem algo que dizem que os professores não conseguem fazer.
Então, volto à carga, mais desiludido do que nunca da educação e do Brasil, esse País dos Absurdos.
Pra começar de leve, torno a falar sobre a questão, cada vez mais visível em diversos setores da sociedade, da cobrança de mais recursos para a educação.
Já dei minha opinião por aqui, mas repito: antes de lutarmos por mais dinheiro para a educação temos que definir O QUE É GASTO EM EDUCAÇÃO.
Ora, por que tem dinheiro aos 6 ou 9 zeros para “investir” em educação através de uma fundação roberto milionária marinho, mas não tem para pagar um salário decente ao professor??
Ora, por que tem dinheiro para distribuir computadores ou tablets a todos os alunos de uma rede, mas não tem para contratar professores suficientes para diminuir a pressão de carga horária de aula dos professores e aumentar a carga horária de planejamento / formação / etc.??
Antes de definirmos o que é, de fato, investimento em educação, a educação não pode receber mais recursos do que já recebe.
Agora, se o recurso vier “fechado”, para, por exemplo, transformar todas as escolas em horário integral, pagar um salário decente aos professores e os contratarem por período integral, comprar tais e tais materiais definidos pelos professores, ai sim vale à pena lutar.
Antes da carroça, os bois.
Abraços,
Declev Reynier Dib-Ferreira
Em busca
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O governo daí tb vai passar por cima da lei como o nosso daqui?Isso é que é integração nacional!