Acabou? Não, não acabou. Entenda a greve dos professores do Estado do Rio de Janeiro

Acabou? Não, não acabou. Entenda a greve dos professores do Estado do Rio de Janeiro

Não sou professor do Estado, graçasadeus.

Recebi este texto de uma amiga, que me autorizou a publicar.

Ela nos oferece uma visão do que vem ocorrendo na rede estadual do Rio de Janeiro, as reivindicações dos professores, o que o governo está fazendo, dentre outros.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira
Professor

A GREVE DOS PROFESSORES DA SEEDUC

por Rosângela Valentim

Como professora da rede estadual de ensino há alguns anos, atravessei poucos movimentos grevistas da categoria, mas, nenhum com o vulto do atual.

Nunca fui favorável à greve, pois penso que, por si só, incomoda tão somente aos que estão nas escolas. Aos pais que vêem seus filhos afastados de um direito que lhes é concedido; aos alunos que passam o ano inteiro rezando para não darmos aulas, mas vão para a TV dizerem-se chateados por estarem sem aula; a nós mesmos, pois teremos que repor aos sábados as aulas não dadas, quiçá durante nossas férias…

A quem deveríamos mesmo incomodar, o culpado de toda essa situação, é o governo, quem dirige este país [no caso, Estado]. Mas, como incomodar a alguém que jamais, seja lá de que partido for, teve preocupação com a Educação?

Entramos em greve dia 7 de junho para defender uma Educação pública de qualidade, e somente recorremos porque o governador Sérgio Cabral, descumprindo as promessas de campanha eleitoral de 2006, entre elas a incorporação da gratificação do abono intitulado Nova Escola, vem se recusando a negociar as questões salariais da categoria.

O secretário Risolia havia informado, em audiência dia 9/06, que a reivindicação salarial só seria discutida pelo governo “no segundo semestre”, o que não deixou dúvidas, dessa forma, que ou a categoria se mobilizaria ou continuaria nesta situação de verdadeiro abandono.

Eram as seguintes as reivindicações da categoria:

  1. Reajuste emergencial de 26%;
  2. Incorporação imediata da totalidade da gratificação Nova Escola;
  3. Descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários administrativos;
  4. Regulamentação do cargo de animadores culturais;
  5. Resgate do pleno funcionamento, com qualidade, do IASERJ;
  6. Eleição direta para diretores de escolas;
  7. Pelo não fechamento de 22 escolas;
  8. Carga horária de 30 horas para funcionários;
  9. Enquadramento imediato dos processos parados, inclusive os dos profissionais de 40 horas;
  10. Aplicação da Lei n.º 11738/2008, que garante 1/3 da carga horária dos professores para planejamento;
  11. Solidariedade ao movimento dos bombeiros.

(Dados extraídos do SEPE/RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO)

Recusando-nos a aceitar contra proposta do governador, decidimos manter a greve, o que gerou uma reação do Colégio de Líderes da ALERJ, que se mostraram favoráveis à inclusão de emendas que aproximassem a proposta do governo com as reivindicações da categoria.

Além disso, uma comissão do SEPE também denunciou as ameaças que os profissionais grevistas vinham recebendo nos colégios, como a contratação de professores temporários no lugar dos grevistas.

Os deputados estaduais, então, aprovaram o Projeto de Lei 677/2011, que altera a mensagem 34 enviada pelo governador Sergio Cabral para votação no plenário da Assembleia Legislativa (Alerj). No projeto que foi aprovado, a rede estadual terá um reajuste salarial de 5%, muito longe dos 26% reivindicados pela categoria.

Porém, foi aprovada também uma antecipação da gratificação Nova Escola da parcela 2014 para 2013.

Em relação aos funcionários administrativos, estes tiveram os seguintes ganhos: incorporação total do Nova Escola, descongelamento do Plano de Carreira específico e 8% entre os níveis – porém, a emenda do SEPE de 30 horas de carga horária para este setor não passou.

Também foram aprovadas emendas que resguardam o interstício de 8%, que delimitam distribuição da carga horária dos professores em “2/3 em sala de aula e 1/3 em horário de planejamento”, que garantem abono de falta por dias paralisados e emendas coletivas que mudam o nome do quadro de apoio para “Pessoal Administrativo Educacional” e garantem que a Gratificação de Lotação Prioritária (GLP) seja equivalente à remuneração do Professor Docente I /16 horas de nível 3.

Por fim, os animadores culturais tiveram um reajuste de 14% em seus vencimentos.

E, para não permitirmos nos deixar esquecer: os deputados do Estado do Rio de Janeiro que votaram “NÃO” e, consequentemente estão contra a EDUCAÇÃO, pois acreditam que quanto menos educação houver, mais chances de manipulação da vontade do povo eles terão, portanto, não merecem nossos votos nas próximas eleições.

Votaram 52 Senhores Deputados:

Somente 18 votaram “SIM” [Não encontrei os nomes destes, quem tiver, favor incluir nos comentários].

Abstenção: 0.

34 votaram “NÃO”. São eles:

Alessandro Calazans, Alexandre Correa, André Ceciliano, André Correa, André Lazoroni, Andréia Busatto, Átila Nunes, Bebeto, Bernardo Rossi, Chiquinho da Mangueira, Coronel Jairo, Dionísio Lins, Domingos Brazão, Edson Albertassi, Fabio Silva, Geraldo Moreira, Graça Matos, Graça Pereira, Gustavo Tutuca, Iranildo Campos, Janio dos Santos Mendes, João Peixoto, Luiz Martins, Marcus Vinicius, Myriam Rios, Paulo Melo, Rafael do Gordo, Rafael Picciani, Ricardo Abrão, Roberto Henriques, Rosângela Gomes, Samuel Malafaia, Waguinho e Xandrinho.

E os deputados WAGNER MONTES e CIDINHA CAMPOS não foram fazer o trabalho para o qual eles foram eleitos, optaram por apresentar seus programas televisivos.

Pleiteávamos 26%. Seria pedir muito termos quatro dígitos nos nossos salários quando

  • os deputados do RJ aumentaram os seus em 70%, de R$ 12.384 para R$ 20 mil?
  • O vice e secretários de R$10 mil para R$ 12.900,00?
  • O salário do governador aumentou 30%, de R$ 13.400 para R$ 17.200,00?

Dia 11/08, portanto, a votação na ALERJ aprovou ridículos 5% de reajuste aos professores, o equivalente a R$ 38,25, o salário passará de R$ 765,00 para R$ 803,25. Ficaram faltando 21%…

Porém, após dois meses em greve, em assembleia no Clube Municipal na Tijuca, os professores da rede estadual de ensino decidiram retornar às salas de aula, deixando agendada uma nova assembleia para dia 27 de agosto, quando retomarão as discussões sobre o movimento e, então, decidir os próximos passos da mobilização na luta pela valorização da educação pública no Rio de Janeiro.

Penso que um movimento sem a convocação de todos os responsáveis, alunos e professores para fazerem parte de uma luta por uma educação de qualidade e uma escola que desenvolva o ser humano e que trate a todos com respeito, tende a fracassar, cedo ou tarde.

Estudei uma boa parte da minha vida na rede pública e minha graduação na UFRJ, e tenho um imenso respeito por quem trabalha e estuda na mesma.

Fiz um juramento no ato da minha colação de grau e tenho total zelo por ele. Desde que ingressei no magistério venho tentando fazer a minha parte, realizando um trabalho sério e aprendendo com o mesmo a cada dia.

A mim cabe abrir as mentes dos meus alunos para que não aceitem enlatados, para que tenham a mente aberta às informações e formem suas opiniões. Não somos delinquentes, mas temos sido tratados como tal. De certo, há ‘professores’ e ‘professores’, como em qualquer outra profissão. Mas, tem gente muito boa e comprometida com o processo educacional do nosso país, tentando fazer dele uma verdadeira Nação, formando gente pensante e questionadora, mas calcada em bases sólidas.

A questão não é apenas salarial, e sim, por uma educação de melhor qualidade. É contra o fechamento de algumas unidades escolares, forçando a alguns alunos irem estudar em “comunidades” nas quais não são bem quistos; é pelo enquadramento de funcionários de apoio, acabando com a máfia das contratações de firmas “paralelamente” terceirizadas; é pelas eleições diretas para diretores das unidades escolares pela própria comunidade escolar, também acabando com a máfia das “indicações e apadrinhamentos”; por horários dignos para a elaboração de bons planejamentos; e, principalmente, pelo respeito ao professor.

E nessas questões, não é só o profissional que ganha, e sim, toda a sociedade.

Rosângela Valentim

Nota do Declev: Veja também a Carta Aberta ao Governador

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No Diário do Professor você encontra artigos e links sobre o dia-a-dia da Educação:

Planos de aula, Atividades, Práticas, Projetos, Livros, Cursos, Maquetes, Meio Ambiente… e muito mais!

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Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

18 thoughts on “Acabou? Não, não acabou. Entenda a greve dos professores do Estado do Rio de Janeiro

  • 14/08/2011 em 18:46
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    Rosangela,
    Concordo com vc em tudo que foi dito. Acredito que enquanto não for prioridade dos políticos pensarem no povo, vão continuar só querendo um bom salário só pra eles.
    Gostaria de saber qual o político que tem seus filhos matriculados em escola pública?
    LUIZA

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  • 14/08/2011 em 20:04
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    É, amiga Rosângela, os fatos não nos deixam dúvidas de que educação é “prioridade” só nas campanhas eleitorais. E, ainda, querem que cumpramos metas como se fôssemos uma concesionária que tem que vender X carros até o fim do mês para garantir lucros; esquecem-se de que trabalhamos com material humano heterogêneo e que, portanto, o processo de aprendizagem tem tempo próprio para cada indivíduo. Temos voz e precisamos soltá-la para que nos ouçam. Já não falo da questão salarial, mas do respeito pelo PROFISSIONAL que forma profissionais.

    Resposta
  • 14/08/2011 em 20:34
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    É Rosângela, os politicos não teem verbas pra saúde, educação, segurança, habitação e outras necessidades do povo, mas teem verbas para as empreiteiras e para os seus próprios interesses salariais.
    Agora só depende de nós fazermos uma limpeza na hora de votar.
    José Serra

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  • 15/08/2011 em 17:55
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    Consegui a lista dos deputados ausentes à votação dos 26%. São eles, além dos já citados, Cidinha Campos e Wagner Montes:
    Dica
    Edino Fonseca
    Enfermeira Rejane
    Flavio Bolsonaro (se ausentou no início da votação e depois retornou)
    Geraldo Moreira
    Gerson Bergher
    Gilberto Palmares
    marcelo Simão
    Marcos Abrãao
    Nilton salomão
    Pedro Augusto
    Roberto Dinamite
    Rogério Cabral
    Thiago Panplona

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  • 15/08/2011 em 18:58
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    É triste mas é a pura verdade, infelizmente os maiores prejudicados são os alunos que não têm consciência da importância de uma Escola Pública de qualidade. É um circulo, a escola é de má qualidade, gera alunos que não têm consciência crítica, massa fácil de manipular e volta ao ponto de partida, A ESCOLA DE MÁ QUALIDADE. Já entrei e saí duas vezes na Rede de Ensino Estadual, a da última vez acreditei no atual governador, até ele mostrar a proposta de aumento, diluída até o ano de 2015. É triste. Em algumas escolas têm computador, mas falta professores, será por quê? Parece que ele não se lembra que o IDEB do Estado do Rio de Janeiro foi um dos mais baixos do Brasil. E esse ano vamos ter novamente a Prova Brasil, que faz parte da avaliação. Como ficará o Estado novamente? É isso!

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  • 15/08/2011 em 21:15
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    Nada foi postado, ainda, na página do SEPE. Não há nenhuma tabela com a votação dos deputados. Infelizmente.
    No D.O do dia 12 há uma listagem com todas os destaques e os respectivos votos Sim e Não. Há que se analisar para ver quem votou de forma coerente e quem fez média, pois são muitas emendas…
    Soube que alguns só votaram sim após terem percebido que a emenda já estava perdida, como foi o caso da Sra Miriam Rios.
    O SEPE precisa colocar isso no site!

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  • 19/08/2011 em 01:29
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    Eu sou Professor a mas de 15 anos e eu só vou voltar para a minha escola que eu trabalho o HENRIQUE LAGE quando eles pagarem as as coisas…. E vcs acham que os alunos si emportan com isso eles kerem é que continuem as greves…vamos fazer o seguinte aumentar mas o salario e eu vou passar todos os meu alunos…eles ja sabem disso e eles concondam cmg e eles me amam por isso

    CAROS COLEGAS VAMOS FAZER QUE NEM EU FIZ

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  • 20/08/2011 em 20:08
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    Infelizmente, constato que para os governantes e seus companheiros de trabalho( deputados, senadores e vereadores), a EDUCAÇÃO, não é essencial e sim um luxo para poucos.
    Porquê comparecer, para discutir sobre EDUCAÇÃO ?
    DIREITOS do povo! Quem é o povo, senão números que elegem a eles, que engraçado deveriam lutar pelo povo.
    Escola Pública, deveria ser tratada com dignidade e respeito.
    Educação e instrução deveriam ser a salvação do estado e de seus cidadãos. Mas como é complicado colocar em prática. Hoje o que vale é a aparência, então vamos maquiar , vamos diminuir as médias para que todos passem ao invês de estruturar melhor as escolas públicas e seus professores. Potêncial todos tem, mas é necessário infra estrutura e boa vontade de todos. Pois, o que estamos vendo hoje em nosso estado é consequência de uma má educação.

    Resposta
  • 25/08/2011 em 15:58
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    Á luta colegas do Rio de Janeiro!Aqui no Estado de Sampa a sacanagem é a mesma (como se vocês não soubessem!):muito blábláblá nas campanhas dos políticos,mas na hora do vamos ver…

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  • 19/10/2011 em 11:55
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    Vou apenas responder uma pergunta. Em toda minha vida, nunca tive o prazer de dar aula para nenhum filho de político, sabe pq escola pública pertence a classe mais carente, sem condições de bom estudo pq dentro destas instituições faltam tudo.

    Resposta
  • 19/10/2011 em 12:01
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    Ah voltei. meus filhos sempre estudaram em escola pública, e hoje um deles é Drº, e eu sempre funcionária pública, amava minha profissão, claro o pouco q ganhava ainda dividia com meus alunos. O descaso com o prof é muito grande, para ter um ganho melhor se divide em varias escolas, é isso q o governo quer. Má formação para nossos filhos, pq os deles estudam em escolas particulares, cursinho ingles, academia…………..

    Resposta
  • 19/10/2011 em 12:06
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    Olá Declev Dib Ferreira, pelo visto vc ñ conhece a escrita do mundo virtual, q pena, vc tbm estudou em escolas públicas, pq se fosse na particular, saberia utilizar esses códigos. hahahahahahaa

    Resposta
    • 19/10/2011 em 13:59
      Permalink

      Oi Angela,

      Eu estudei todo meu ensino fundamental e médio em escola particular e fiz especialização, mestrado e doutorado em universidades públicas.

      Mas isso não vem ao caso.

      É claro que sei a “escrita do mundo virtual”, vivo surfando na internet há muitos anos, tenho diversos blogs, tenho orkut, facebook e participo de diversas listas de discussão.

      Mas a escrita do mundo virtual é uma coisa. Erros grosseiros de português é outra coisa.

      Escrever vc [você], kd [cadê = onde está?], kero [quero], qq [qualquer], cmg [comigo], etc. está ok, especialmente observando-se o local onde se escreve (mesmo “na internet”, não vale escrever assim em um email de trabalho, por exemplo).

      Mas um professor tem que tomar cuidado com sua escrita.

      Erros acontecem, todo mundo os faz – até eu aqui no blog!

      Mas “a mas de” ao invés de “há mais de” ou “si emportan” ao invés de “se importam” não é linguagem de internet nem erros simples que se cometem escrevendo normalmente, teclando errado ou trocando uma letra.

      Entendeu?

      Abraços,

      Resposta
  • 19/10/2011 em 17:10
    Permalink

    Sim, ñ havia observado isso me desculpe, na verdade só queria criticar o descaso do governo conosco, pq eles tbm passaram pela mãozinha de um professor, e se estão onde estão é pq nós o ensinamos a pegar no lápis, quanto ao material nas escolas públicas são precarios, a alimentação gira muito em torno de salsichas, biscoitinhos de segunda, e quando servem maçã por ex. o aluno só pode comer uma, se nem tem em casa, com certeza gostaria de saborear mais. Até mesmo se o aluno quizer repetir, só pode se sobrar isto quer dizer depois q todos terminare de comer, sempre achei ridiculo, mas o aumento de salário deles sempre aprovado, e ainda deixam publicar nos jornais, deveriam ficar quietinhos.Ai o professor tem 5% de aumento. Legal. Conheço oprof. q fizeram mestrado, doutorado, e continuam dando aula, e ainda sempre substitui prof:, já ouviu falar em GLP, RET, era isso ai trabalha por três prof: dentro de várias escolas, recebia mas ñ era o suficiente, para dar conta do recado, pq ñ paga bem um só prof: ? assim ele poderia ter suas 8h de trabalho, 8h de diversão, e 8h de descanso, isso é utopia.

    Resposta
  • 19/10/2011 em 17:24
    Permalink

    Sim, ñ havia observado isso me desculpe, na verdade só queria criticar o descaso do governo conosco, pq eles tbm passaram pela mãozinha de um professor, e se estão onde estão é pq nós o ensinamos a pegar no lápis, quanto ao material nas escolas públicas são precarios, a alimentação gira muito em torno de salsichas, biscoitinhos de segunda, e quando servem maçã por ex. o aluno só pode comer uma, se nem tem em casa, com certeza gostaria de saborear mais. Até mesmo se o aluno quizer repetir, só pode se sobrar isto quer dizer depois q todos terminare de comer, sempre achei ridiculo, mas o aumento de salário deles sempre aprovado, e ainda deixam publicar nos jornais, deveriam ficar quietinhos.Ai o professor tem 5% de aumento. Legal. Conheço oprof. q fizeram mestrado, doutorado, e continuam dando aula, e ainda sempre substitui prof:, já ouviu falar em GLP, RET, era isso ai trabalhava por três prof: dentro de várias escolas, recebia mas ñ era o suficiente, para dar conta do recado, pq ñ paga bem um só prof: ? assim ele poderia ter suas 8h de trabalho, 8h de diversão, e 8h de descanso, isso é utopia. Já entrar em uma escola às7h e sair 12h, e pegar na outra às 12h30 min, , sair às 17h. e pegar na outra às 18h20min, e sair 22h20min, olha quanto tempo tinha para almoçar, tomar banho jantar, preparar aula, corrigir provas, cuidar da minha casa, dos meus filhos, me organizar e chegar na escola sempre sorridente, mas na verdade quis ser prof: e a minha parte eu fiz. graças a Deus. Me desculpe se houve algum erro, mas tbm ñ sou infalível de erro.

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    • 19/10/2011 em 17:38
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      Oi Angela,

      Não precisa pedir desculpas. Eu entendi. De fato, a vida do professor não é fácil.

      Isso não é à toa, pois desde que a profissão de professor seja assim [professor “de verdade”, do ensino básico], a educação nunca será boa, crítica, capaz de produzir um cidadão pleno.

      E é isso que as elites querem, pois continuam sendo elites sem serem incomodadas.

      Esses pequenos movimentos “estou cansadinho” não fazem nem cosquinhas neles.

      E assim continuamos…

      Abraços,

      Resposta
  • 19/10/2011 em 18:47
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    A solução é ñ votar . Onde está a tal DEMOCRAÇIA! Se somos obrigados a votar, até hoje ñ entendi. Ainda publicam em jornais o aumento dos salários deles, é vergonhoso. Os ricos cada vez mais rico e os pobres cada vez mais pobre, acho q tinha uma música q falava assim, nunca tive tempo de ouvir rádio, CD ou coisa parecida. Hoje sim, mas foi só me aposentar q veio fzr parte da minha vida EM, doença autoimune e progressiva, a única coisa restante foram as lembranças, dos alunos é claro, pq das escolas já lecionei com obras, com goteiras, com ameaças, já rasgaram os pneus do meu carro, sabe pq, o da diretora guardava dentro da escola, nos os prof. tinhamos q deixa-los na rua. Se ñ tinhamos segurança dentro do ambiente de trabalho imagine na rua. Graças a Deus sai fora, fico muito sentida com os q ainda continuam lá. E claro torço pelo aumento foi a única coisa q restou para os aposentado. bjus

    Resposta

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