A pergunta que não quer calar

Coloco no quadro a data de hoje.

Enquanto escrevo, ouço a pergunta:

– Professor, você é ciências?

Traduzindo: a aluna não sabe a disciplina a qual dou aula.

Isso no dia 25 de agosto de 2010, quase 7 meses depois do início das aulas e da nossa pseudo-convivência.

Antes de continuar, sento dois minutos e escrevo este mini-post.

Eles continuam falando entre eles como se eu não estivesse aqui.

Vou voltar pro quadro…

Declev Reynier Dib-Ferreira
Zumbi



Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

5 thoughts on “A pergunta que não quer calar

  • 25/08/2010 em 11:45
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    Atualmente, tenho a impressão que lecionamos para portadores de Alzheimer, tal a falta de memória dos alunos. Parece que ninguém retém mais nada na memória e o ato de raciocinar, a cada momento, se torna mais difícil para os jovens. O que podemos esperar de uma geração que está abandonando o uso do raciocínio, que se recusa a pensar e não tem a menor noção do que seja uma reflexão? Na semana passada e ontem, vivenciei situações em que jovens matriculados na 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, desconheciam o significado das palavras “influência” e “tecnologia” e diante da dificuldade não tiveram a iniciativa de buscar o significado destas expressões em um dicionário.

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  • 27/08/2010 em 09:30
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    Olá.Tenho a mesma impressão que outros colegas têm.Parece que a maioria dos nossos alunos estão sofrendo de algum tipo de amnésia que não os deixa se concentrarem nem serem pelo menos educados.Estou realmente muito decepcionada com o rumo que a educação está tomando em nosso país.A verdade é que os ¨políticos¨ fazem de conta que estão preocupados com a valorização do magistério e com as crianças do nosso país,e nós fazemos de conta que acreditamos.Quando é que seremos respeitados de verdade?Quando é que realmente será tomada alguma atitude severa com relação a alunos indisciplinados?Quando começarem a acontecer coisas mais graves ainda do que professores espancados ou coisas do gênero?Credo, acho que vou virar vendedora ambulante ou manicure ou qualquer outra coisa onde eu possa trabalhar em PAZ.Abraços Declev.

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  • 28/08/2010 em 07:42
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    Declev Reynier Dib-Ferreira, olá !
    Calma Professor !
    Procure entender mais as coisas !

    Na época do meu Pai, era o Curso Politécnico de Engenharia -Mecânica, Militar, Civil, Agronomia ou seja, Completo !
    Na minha época, o Curso, que já tinha se especializado, ficou sub-especializado: Engenharia Civil, Especialidade: Construção Civil !
    Pois foi, já na inscrição ao vestibular de Engenharia, tive que escolher a Engenharia Civil, dentre as especialidades: Mecânica, Civil, Química, Elétrica, Eletrônica etc.
    Já lá, após os dois anos básicos de Engenharia, tive que escolher a Construção Civil, dentre as Especialidades: Construção Civil, Estradas e Sanitária. Mesmo assim, a “coisa” ainda continha um certo grau de abrangência decorrente da manutenção da Turma como unidade de formação! Não existiam os tais Créditos, causadores da dispersão !
    No Futuro, teremos, por exemplo: a Engenharia do Parafuso com Cabeça Sextavada, então, amigos, o futuro aluno deste exemplo, só irá se “ligar” no ensino do que lhe será útil, ou do que ele considerar útil, no exercício da sua futura “profissão” de Engenheiro “Sextavado” !
    E agora, Professor, ficou mais calminho após esta minha explicação, rsrsrs?

    Justificando o que ocorreu com sua “aluna”:
    Ao você inaugurar a ” Lousa do Dia”, a coitadinha, que tinha acabado de conseguir uma folha “emprestada”, que o seu coleguinha, tão prontamente, destacou do seu “precioso” caderno, e, para inaugurar as anotações da aula, lhe pediu esta confirmação !
    Porém, Professor, esquece o ocorrido pois, com certeza, ela também já esqueceu todas as anotações que fez de sua aula, naquela folha que lhe serviu, tão utilmente, depois da aula, já no banheiro, para se limpar da …….. !
    Abraços à todos !
    Somel Serip.

    Ocorre que esta alienação mental foi plantada há muito tempo, quando os “cientistas”, em suas teses de doutorado, inventaram o tal Ensino Direcionado !
    E olhe que ainda não chegamos ao final deste processo !

    Resposta
  • 28/08/2010 em 07:56
    Permalink

    Declev Reynier Dib-Ferreira, olá !

    Calma Professor !
    Procure entender mais as coisas …
    Ocorre que esta alienação mental foi plantada há muito tempo, quando os “cientistas”, em suas teses de doutorado, inventaram o tal Ensino Direcionado !
    E olhe que ainda não chegamos ao final deste processo !
    Na época do meu Pai, era o Curso Politécnico de Engenharia -Mecânica, Militar, Civil, Agronomia ou seja, Completo !
    Na minha época, o Curso, que já tinha se especializado, ficou sub-especializado: Engenharia Civil, Especialidade: Construção Civil !
    Pois foi, já na inscrição ao vestibular de Engenharia, tive que escolher a Engenharia Civil, dentre as especialidades: Mecânica, Civil, Química, Elétrica, Eletrônica etc.
    Já lá, após os dois anos básicos de Engenharia, tive que escolher a Construção Civil, dentre as Especialidades: Construção Civil, Estradas e Sanitária. Mesmo assim, a “coisa” ainda continha um certo grau de abrangência decorrente da manutenção da Turma como unidade de formação! Não existiam os tais Créditos, causadores da dispersão !
    No Futuro, teremos, por exemplo: a Engenharia do Parafuso com Cabeça Sextavada, então, amigos, o futuro aluno deste exemplo, só irá se “ligar” no ensino do que lhe será útil, ou do que ele considerar útil, no exercício da sua futura “profissão” de Engenheiro “Sextavado” !
    E agora, Professor, ficou mais calminho após esta minha explicação, rsrsrs?

    Justificando o que ocorreu com sua “aluna”:
    Ao você inaugurar a ” Lousa do Dia”, a coitadinha, que tinha acabado de conseguir uma folha “emprestada”, que o seu coleguinha, tão prontamente, destacou do seu “precioso” caderno, e, para inaugurar as anotações da aula, lhe pediu esta confirmação !
    Porém, Professor, esquece o ocorrido pois, com certeza, ela também já esqueceu todas as anotações que fez de sua aula, naquela folha que lhe serviu, tão utilmente, depois da aula, já no banheiro, para se limpar da …….. !
    MEU FILHO, AO RETORNAR DA PROVA, QUE ACABOU DE FAZER, NÃO SE LEMBRA DAS QUESTÕES QUE RESPONDEU !?…

    Abraços à todos !
    Somel Serip.
    “Analista”

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  • 16/09/2010 em 00:31
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    Dicionário de qual série???

    Entendo bem o que querem dizer… Hoje, pedi a um aluno da oitava série para buscar dicionários emprestados na biblioteca. E o menino: “Fêssora, dicionário de qual série? Da oitava?”

    Resposta

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