Mais um dia na vida de um professor

Essa vai por conta da vontade de desabafar… pra que serve um diário né?

É nosso confidente, aquele que não vai ‘contar pra ninguém’… ops! Esse conta!

Tudo bem, levando em conta tudo que passei ontem, deixa contar.

Mas quem não tiver curiosidade sobre a nem tão pacata vida minha, não precisa ler. É só balela mesmo.

Começo o dia com uma palestra, organizada por mim, da Jacqueline Guerreiro, com quem trabalho por estas bandas da educação ambiental.

Organizei esta palestra lá na Fundação de Educação de Niterói – onde trabalho no Núcelo de Educação Ambiental – para os professores de escolas de 3o e 4o ciclos se inteirarem da III Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente: o que é, qual o histórico, como fazer…

Desconsiderando o atraso por conta da chuva e trânsito aqui no Rio, foi ótimo. Participativo, instrutivo, animativo.

Saí de lá correndo – sem almoço pra variar – para a escola do Rio, onde daria aulas.

Pensei até que seria uma tarde agradável, pois com chuva e frio as crianças (que crianças???) ficam mais ‘calmas’.

Engano engano meu…

Foi um inferno.

Chutaram portas, quebraram vidros, gritei, me alterei, fiquei com uma dor de cabeça filadaputa o dia todo, colegas saíram chorando de sala de aula, mães foram chamadas, alunes foram repreendidos, um inferno!

Putz!

Mas lá no meio da conversa pós-inferno, em que estávamos nos lamentando e vendo o que poderíamos fazer naquela estrutura de merda com pouca gente pra milhares de jovens aborrecentes em plena ebulição hormonal, eis que me liga uma coordenadora de uma escola de Niterói pra me dar uma boa notícia.

Bálsamo. Quase chorei (mas homem não chora! rs).

Por conta de uma indicação que fiz para que a escola participasse de uma Conferência sobre mudanças climáticas promovida pela Ficruz, a escola vai agora ganhar todo o material e apoio técnico pra a implantação de uma rádio-escola, que vai abordar questões, entre outras, de meio ambiente.

Putz!

Fui pra casa.

Corpo cansado, mente doída.

Mais um dia na vida de um professor.

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

24 thoughts on “Mais um dia na vida de um professor

  • 19/09/2008 em 12:38
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    Pensei até que seria uma tarde agradável, pois com chuva e frio as crianças (que crianças???) ficam mais ‘calmas’.

    Declev, você tem filhos?… Ainda se lembra de sua adolescência?… Se lembra da aporrinhação que é a falta de espaço que é um dia chuvoso? Uma “pelada”?… Nem pensar!… Roupas e mochilas molhadas, uma selva de guarda-chuvas para se atravessar nas calçadas, pular as poças d’água para pegar o “busum” (que – nesses dias – para sempre lá no meio da rua) e – com esse maldito sistema de roletas na entrada – ficar esperando debaixo de chuva a liberação de não-sei-quantos cartões e das mulherinhas que esperam chegar na roleta para procurar no fundo da bolsa as moedinhas para pagar a passagem…

    E você ainda esperava que adolescentes estivessem “calmos”???… Acorda irmão! Se para p***s velhas como nós, dias chuvosos são uma aporrinhação, para essa meninada – como você mesmo disse – “em plena ebulição hormonal”, o estresse é dobrado…

    Pensa bem: o quanto de seu próprio estresse não contribuiu?… Aquela velha história de jamais olhar para o espelho quando se está irritado: você vê uma pessoa irritada, olhando para você e isso dá um feedback no seu inconsciente.

    Recomendo meia hora de mantras, antes de entrar em uma sala de aula em um dia com um tempo dos infernos como esse que tem feito nos últimos dias… (já que você vai perder tempo antes de começar a conseguir tentar ensinar qualquer coisa, perca tempo fazendo algo agradável…)

    Mas, “para não dizer que não falei de flores”, essa notícia sobre a FioCruz é ótima! (Só não pode é continuar chovendo a semana intira!… 😀 )

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  • 21/09/2008 em 21:24
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    Mais um dia na vida DO PROFESSOR, não de um professor qualquer que por muito menos já teria abandonado tudo!!!! Fazer o que, né?!? Vc é brasileiro, não desiste nunca!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Parabéns por essa conquista, parabéns aos alunos também por terem O PROFESSOR.

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  • 21/09/2008 em 23:32
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    Obrigado Isadora… espero que meu prazo de validade de brasileiro também não expire nunca…

    Fala João!

    Sim, meu estresse por vezes piora as coisas. Mas não foi o caso neste caso. Como eu disse, estava tranquilo, pensando em passar uma tarde tranquila.

    Mas os acontecimentos com os outros colegues também influenciam. A escola é una, apesar de eu me encastelar na minha sala maravilhosa…

    E em relaçao à chuva, minha experiência diz o contrário: quando está chovendo vem menos alunos e os que vem ficam mais calmos. Lá tem quadra e pátio cobertos, eles podem se exercitar à vontade.

    O problema é no calor infernal do Rio, quando eles ficam suados, pingando, agitados, bufando… e os ventiladores não dão conta!

    Mas é isso aí. Já voltei à escola após o dia relatado e tudo volta aos conformes.

    A calmaria após a tempestade.

    Abraços.

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  • 01/10/2008 em 01:34
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    Sou professora também, só que em Salvador – BA. Em escola municipal.
    Aprendiz curiosa nessa caminhada de sempre desejar fazer o melhor, pricipalmente no que diz respeito a transposição didática de conteúdos tão importantes, e vitais, como o que verdadeiramente é MEIO AMBIENTE.
    Tenho buscado tempo na minha rotina já tão abarrotada afazeres de mulher, dona de casa, esposa, mãe, professora, cidadã, ser vivo cheio de necessidades, para continuar me auto aperfeiçoando ( talvez nem seja esta a melhor palavra). E na busca de me refazer em esperança, em alvos, encontrei seus textos.
    Obrigada por você existir colega! E nos disponibilizar seus desabafos, descobertas, reflexões e conquistas.
    Parabéns! E, Deus te abeçoe muito.
    Um grande abraço.

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  • 01/10/2008 em 21:39
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    Oi Valéria,

    Obrigado você, pelas palavras.

    Elas fortalecem muito nosso dia-a-dia.

    Quem comenta por aqui não sabe nem o quanto isso faz bem.

    Obrigado, e abraços.

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  • 20/10/2008 em 17:56
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    Raciocínio Critico. Um dedo apontado para o aluno e cinco para mim
    Penso que o fomento a leitura, principalmente o incetivo a poesia, cultura local, cordel, manifestações artísticas e culturais e o focar o aluno sobre a cooresponsabilidade entre o aprimoramento intectual e o acesso ao mercado de trabalho futuro, por uma linha pensamental na busca de conhecimentos técnicos didáticos, ou não, somados a uma socialização para o convivio na interação social.
    É um imperativo para todas as escolas brasileira e um grande desafio para os professores e educadores.
    A quebra deste desafio não Necessariamente é a queda da culpa do aluno, mas com certeza a vitória de uma sociedade que pensa no bem conjunto harmonicamente, respeitando a heterogenia social e muito mais do que isto, quando reprovamos a atitude generalizada dos alunos é porque não estmaos mais aptos a exercer a função de educador ou professor.

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  • Pingback: Escola, professores, alunos, educação... era um projeto de resposta, virou um artigo... | Diário do Professor

  • 21/10/2008 em 11:45
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    O comentário do Sr. Luiz Domingos Luna é típico de quem é tão pleno de si, se achando suficientemente inteligente e dotado de toda a sabedoria do mundo que esquece de se informar sobre as pessoas, assuntos e situações que quer comentar. Resultado: um comentário equivocado, sem conteúdo prático (ou com conteúdo que não se aplica ao caso), que não ajuda em nada e apenas nos atrapalha. Eis que, no meio de minha cólera pela raiva de ler palavras tão toscas, surge o professor criticado e, tal qual esperamos que todos os mestres o sejam, lê, pensa, entende e nos brinda com mais um artigo em seu blog. Ele tem prática em situações similares. Sabem por quê? Por que é Professor (com P maiúsculo), sabe a importância do que faz e, acima de tudo, sabe que todas as situações, por pior que sejam, são oportunidades de evoluir como ser humano e como educador. Ele pratica isso diariamente em sala de aula (e fora). A propósito, ele também é poeta.

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  • 22/10/2008 em 12:20
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    O Professor não deve lecionar por amor, por falta de opção, ou por qualquer sentimento nobre, mas sim, por vocação, não uma vocação de ser o dono da verdade, não por ser o dono do conhecimento, este tipo de educação está obsoleta, os presídios estão repletos de pessoas alfabetizadas, muitas delas com um grau de instrução relevante, a situação tende a piorar, pois a escola deve formar integalmente o aluno. Claro, que a realidade fica muito a desejar, porém, penso que a nossa classe é muito desorganizada, vive constantemente procuando um culpado para descarregar tudo que deu errado, porém o que deu certo é mérito da escola.
    Estamos anos luz de uma educação de qualidade para todos, pois, somente teremos uma escola ideal quando tivermos uma sociedade familiar organizada, uma sociedade social organizada, uma sociedade do mercado de trabalho organizada, e uma sociedade onde o professor seja capaz de pensar que todos nós erramos, todos somos culpados, todos somos aprendizes, todos precisamos entender a marcha acelerativa da dinâmica social, e superar estes desafios, do contrário, ficaremos em uma eterna guerra entre nós mesmos, o que pode benefiar a “todos”, menos a educação brasileira que necessita muito da força conjunta de todo o povo do Brasil.
    Inclusive de nós, educadores e professores.

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  • 01/11/2008 em 19:56
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    Obrigado pelas palavras, Eduardo.

    E, Luiz, como já conversamos por aqui e por emails, não ‘disconcordo’ de tudo o que você diz, mas o fato é que a escola acaba recebendo todos esses problemas que você citou: família, desorganização da cosiedade etc. e tudo nas costas do professor.

    Sim, o professor, mais do que qualquer outro, quer mudar isso.

    Mas, só, ele e os alunos, fica muito difícil. E, se não consegue, culpa dele!

    abraços.

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  • 28/11/2008 em 01:31
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    Professor é uma das piores profissoes que existem de nivel superior. É uma vergonha, o salário e os alunos são uns imbecis. E olhe que sou professor. Quem tem vergonha na cara e tem competência não se sujeita a este salário e nem a estas condições de trabalho! Com fé em Deus vou sair desta MERDA!!!!!!!!!! (DEUS É JUSTO?)

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  • 08/01/2009 em 10:28
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    AÇÃO CULTURAL GLOBALIZADA COM IDENTIDADE PRIORIZADA

    Luiz Domingos de Luna
    procurar na web

    Creio que urge a necessidade da informatização na escola, pois é um novo renascer para a auto-afirmação do estudante com os valores culturais permeados no espaço geográfico e social.
    É mister afirmar que a globalização é uma ferramenta de grande valia para o desenvolvimento epistemológico da humanidade.
    Entendo que a internet é base para a expansão continuada do conhecimento de forma uniforme nas diferentes camadas que formam a sociedade, para o aprimoramento intelectivo dos agentes envolvidos.
    Igualmente, vale ressaltar que a uniformidade do poder on-line, teria um agente motivador continuo, com a postagem do conhecimento local do aluno as tomadas de atitudes ligadas a cultura local, a história, a literatura, as artes e o conhecimento de uma forma geral, pois de posse de sua identidade cultural educacional afirmativa, ai, sim as portas do mundo à luz da internet aberta, todo o patrimônio regional e global continua a pulsar vivo nas entranhas da sociedade, que além da identidade do “eu” no espaço tempo, um rumo de pensar positivamente para o bem estar da coletividade humana.

    http://www.colunadomignos.blogspot.com

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  • 16/01/2009 em 15:09
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    Um Giro no Cariri.

    Luiz Domingos de Luna
    http://www.colunadomignos.blogspot.com

    A História da humanidade foi toda baseada na destruição do espaço geográfico para a preservação da espécie humana, milhares de espécies foram extintas pela ação contínua, dos seres racionais. O Ato destruidor do homo Sapiens está impregnado no DNA biológico e cultural; conscientizar o humano de que são desumanas suas ações para com a sua própria existência civilizatória é tarefa de gigante. Inconcebível à luz do pensar existencial e de sua carga genética cultural, advinda desde a era cenozóica no período do pleistoceno. Um grito isolado de defesa ambiental no meio da multidão soa como ridículo esdrúxulo. Creio que os devoradores do planeta são os grandes grupos empresariais, porém, eles fazem isto porque a vida no modelo atual exige isto, o qual é uma cadeia alimentar, social, política, econômica {…}, o padrão; parar isto seria parar o desenvolvimento da sociedade dentro do foco que conhecemos. Logo a questão ambiental está ligada à linha de consumo, hábitos que foram bem elaborados no processo histórico civilizatório da humanidade. Ora, O rio salgado no cariri cearense até meados de 1835 era um rio perene e saudável, hoje virou um esgoto do lixo cultural do cariri, porém, sem este esgoto não teria outra forma de desenvolvimento de uma das regiões que mais crescem no interior do Ceará. – Cariri, pela ótica do processo interativo de convívio humano conhecido e vivido, assim: ou se mata o rio ou se mata o cariri. Creio que, assim com os demais seres humanos estamos agindo na lógica da corrente do tempo no processo existencial. A Questão do grande lixão que estamos transformando o planeta terra é conseqüência de todo um processo civilizatório contido na epistemologia genética da humanidade. Mudar o curso da história, para a preservação do planeta terra; seria primeiro: a necessidade de mudar toda a forma de pensar, de agir, de existir – um novo renascimento. Agir isoladamente, com um aplicativo psicológico para amainar consciências as questões ambientais é mero paliativo. Enfrentar a problemática de frente teria que, antes, mudar toda uma mentalidade, toda uma forma de viver, onde todo o processo civilizatório consumista seria jogado no lixo e criado outro padrão humano para dar vida plena ao corpo vivo do planeta terra. É possível conciliar progresso, evolução, desenvolvimento econômico em escala planetária sem lesionar a bola azulada?

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  • 30/01/2009 em 15:33
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    Internet a serviço da educação

    Luiz Domingos de Luna
    procurar na web

    Creio que urge a necessidade da informatização plena na escola pública e privada, penso que os estudantes precisam ser incentivados pelo educadores a fazer pesquisas constantes, diárias, à criação do hábito ao uso da internet, vez que, o volume de infomações e conhecimentos fornecido estão flutuando numa dinâmica muito acelerada, absorver este conteúdo disponível é ponto iniciático para a compreensão deste ritimo intenso, ao tempo de processamentos epistemógicos, de maior valia para a integração dos estudantes aos acervos educacionais diversificados, ao abastecimento de novos modelos mentais, que a pesquisa oferece, vez a diversidades do novos olhares, pluralizados dos vários autores pesquisados, oportunizando aos “alunos pesquisadores” a flexibilidade da contextualização e apreensão dos conteúdos disponíveis, que embora contenham o mesmo certe central, porém com diferença, pois os focos didáticos são sempre heterogênicos e amplos, assim, os estudantes poderão escolher, ou mesmo compilar a sua visão de mundo à luz de novas óticas de conhecimentos em fluxos normativos no aprimoramento dos seres humanos no espaço social e educacional; contudo o material escrito, livros, livros didáticos, científicos, históricos{…} revistas, trabalhos acadêmicos{…} são a base da civilização humana, a pesquisa na internet é uma ferramenta a mais para a elasticidade de campos do conhecimentos que ainda não estão acessíveis, ou em alguns casos, materializados no papel, mas sem acesso a todos os segmentos sociais.
    http://www.colunadomignos.blogspot.com

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    • 03/02/2009 em 20:30
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      Oi Luiz,

      Acho a internet fundamental hoje em dia, especialmente falando em fluxo de informações.

      Eu não sei se saberia viver sem.

      Abraços.

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  • 19/05/2009 em 14:52
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    Falência Intelectual Por Luiz Domingos de Luna

    Qual a motivação para o estudante brasileiro ? Todo dia ele consome a bomba da
    realidade desumana e cruel em que vive, Estado inepto, corrupção escancarada,
    políticos corruptos, impunes, violência nos presídios, os fortes matando e
    subindo em cima dos fracos, os honestos vivendo no paraíso da miséria da
    chateação e da cobrança. – O Que foi que tu ganhaste com esta tua honestidade?
    – Esta honestidade serve para que mesmo?.
    Enfim, estamos vivendo uma época da
    inversão de valores. Neste terreno fácil, do mundo fácil, pela queima de etapas
    via o caminho clandestino da malversação ridícula de uma política que beneficia
    o palhaço, o espertalhão, o garanhão, o sabichão; e pune os
    honestos, os cidadãos, os barnabés, os homens de bem, é uma polícia muito
    interessante, contanto que não se espere muito da aprimoração intelectual da
    sociedade, principalmente, da classe estudantil. Primeiro: o estudante está se
    questionando vale a pena estudar tanto para ganhar tão pouco? Vale a pena ser
    um doutor para viver no meio dos oportunistas? Vale a Pena ser um construtor
    social no meio dos espertalhões? Vale a pena ser um barnabé para ser vaiado
    pelos gaiatos de um capitalismo selvagem e excludente que somente beneficia os que só servem para serem garotos ou garotas de marketing de um capitalismo excludente e que,
    luta, incansavelmente para manter a juventude alienada. Quando o aluno faz
    greve é logo taxado de oportunista, idiota. O Que esperar da classe estudantil
    quando “os sem diplomas” são os grandes diplomados na arte de concentrar
    capitais, poder, prestígio, dinheiro e lucro fácil.
    Os Estudantes devem
    realmente passar por uma crise ou “uma bomba de realidade tão forte”, tão intensa,
    que estudar já não é tão importante pelo menos no momento atual. Mas a qualquer
    momento esta realidade triste da existência em que se vive, pode ser mudada, ai
    sim, deveremos investir no “ser”, através do estudo da prática do bem comum, da
    ética, do respeito, do compromisso com a sociedade, com o Estado, com a família.
    Afinal “o ter” passa, porém, – O SER é Eterno.
    Autorizo repostagem, favor citar a fonte e o link do autor http://www.livrodigitalartigosdeluizdomingos.blogspot.com
    Grato,
    O Autor.

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  • 23/05/2009 em 16:27
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    A ÉTICA DOS PODEROSOS

    Enquanto nós brasileiros pagamos honestamente os nossos impostos, políticos inescrupulosos se aliam aos empresários, donos de grandes empreiteiras para construírem edifícios de areia. Que servem somente para mostrar, o descaso, a inoperância, a incompetência de um estado que gasta muito e gasta mal.

    Até Quando ? Quando esta violência contra o povo brasileiro, terá enfim, um fim ?

    Não podemos ser um país de faz de contas, pois é muito prejuízo, primeiro: uma política urbana elitista, voltada para o bem estar dos grandes empreiteiros, segundo: superfaturamento de obras, terceiro: prédios feitos com material de última classe, após a burocracia e o torramento do dinheiro público, finalmente o prédio é erguido com material de péssima qualidade, quando a estrutura física já dá sinais de queda, uma porção de miseráveis sem ter onde morar vão tentar viver no local que foi o canteiro do desperdício do dinheiro publico. É uma vergonha nacional, são chutados, como vagabundos ou drogados, sem nenhum respeito ao ser humano. Qual a serventia destes prédios superfaturados? Uma estrutura rachada vai servir para que? Porque os sem tetos não podem ocupar a sobra de um estado gastador e gastador de péssima qualidade. Até quando temos que suportar este descaso.Cadê a política de moradia voltada para o bem estar do homem simples e humilde, – Sem rendas ?. Chega de Demagogia barata. O País precisa de seriedade política urgente. E, principalmente respeito para com os mais humildes (Sem rendas) e que são apenas, subproduto de uma política voltada para o bem estar dos poderosos.
    A repostagem citar a fonte e o implante do link do autor http://www.livrodigitalartigosdeluizdomingos.blogspot.com
    Grato,
    O Autor

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  • 24/06/2009 em 22:30
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    Oi,Declev.Sou professora como você e há dias em que a convivência com adolescentes parece um tanto desastrosa.Eu acho que faltam muitos limites em alguns garotos por aí,mas por outro lado,há os que te fazem sorrir todos os dias com seu carisma,e é isso que nõ me deixa desistir de ser educadora(mesmo sabendo que lugar de ser educado é em casa:escola é lugar de buscar conhecimentos,traçar estratégias para competir no mercado de trabalho-a poucos isso interessa,mas tudo bem).Força aí,colega.

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  • 09/07/2009 em 14:03
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    POLITIZAÇÃO JÁ !

    Luiz Domingos de Luna

    A juventude Brasileira vive num vácuo muito forte, talvez o marasmo juvenil, seja conseqüência de falta de bandeiras, de causas, de uma diretriz, um norte, uma rota, um caminho a ser seguido, pois, é comum os jovens dissolvidos numa rotina escaldante da repetição de uma rotina dura e plástica voltado apenas para o caminhar de seu próprio universo de suas atividades básicas, amorfas, geladas, enquanto o horizonte social e político a esperar a atuação da juventude no alicerce para a formação de novas lideranças, novos movimentos, novas aglutinações, mas não, tudo para. Uma parada inoportuna, cruel e totalmente lesiva para a confecção de um novo olhar social e por extensão uma visão globalizada sobre os interesses do Brasil e da América latina como um todo.

    Por que a juventude brasileira está tão dispersa ? Não existe ponto de coesão no pensamento juvenil ? Esta falta de interesse com o bem estar social, político, econômico (…) é sinal de descaso ? De decepção com o quadro existencial, ou simplesmente é falta de iniciativa, de pulsar, de garra para com o futuro que, sem dúvidas para nós, otimistas, sempre foi e será promissor.

    É triste saber que essa massa viva que brota no seio da sociedade não esteja preocupada com a qualificação do espaço social em todas as suas arestas, pois os movimentos parcos, quando acontecem, são sempre eventos efêmeros, sem raízes, sem a determinação do engajamento político na consolidação de uma força de coesão afirmativa.

    Quando o quadro político se renova, de prontidão, a juventude a disseminar pechas sociais, raposas velhas, os mesmos de sempre e por ai vai… Ora, como mudar a situação se não existe uma consciência do jovem de que a preparação de novos talentos, seja: artísticos, culturais, políticos e sociais são fermentados dentro do próprio espaço social. O Por vir juvenil não pode e não deve ser coisificado, pois a sociedade fica sempre na busca do elo de continuidade existencial, na falta, o ciclo vicioso se repete, mas vale ressaltar que a repetição se dá devido ao vácuo existente.

    Dentro deste contexto é mister afirmar que sem uma politização forte, coesa, atuante, diversificada e determinada por parte dos jovens, nós i estamos sempre condenados a viver com os dogmas, a falhas, e todo entulho de uma geração que nasceu com os costumes de um passado obsoleto,viciados em limitações, em conservar um padrão ético que não existe mais, e a sociedade sempre engessada nesta camisa de força de valores cultivados em um mundo que não existe mais.

    Chega de sonhar com o mundo projetado pelos nossos pais, nossos avós, nossos (…) precisamos construir já, um novo mundo, um mundo em que o jovem seja de fato e de direto o agente de transformação da sociedade no cumprimento das necessidades tão urgentes de que o Brasil Precisa e que aguarda as propostas dos jovens que nunca chegam ?

    Acorda juventude, pois o tempo passa, a vida passa e não dá para viver eternamente em busca de culpados para problemas que nós mesmos contribuímos para a sua existência e na fizemos para eliminar as causas.
    http://www.livrodigitalartigosdeluizdomingos.blogspot.com

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  • 21/04/2010 em 11:01
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    Super proteção – Um Castigo.

    Luiz Domingos de Luna*

    Os adolescentes, ao tempo da ditadura militar, sonhavam com a liberdade como um instrumento de auto-afirmação na família, nas comunidades e na sociedade como um todo. Pois, apesar do regime de exceção, a alma do espírito democrático a rondar o inconsciente ou “consciente maturativo”. De que algo no espaço social, político precisava ser mudado. Este eixo espiritual não foi destruído pela força de dominação do militares à época.

    A noção de mudança, sempre presente no tecido sociológico brasileiro, a inquietação grassava desde as camadas sociais mais baixas às mais altas – Elites.

    O espírito mudancista sempre presente no meio social em todas as suas arestas, em proporções e intensidades constantes, como uma massa pensamental uniforme e invisível a incomodar sempre o regime de opressão. – Uma permanente inquietação.

    A entrada no regime democrático um sonho realizado de um povo que não acostomou-se com a mordaça.

    A mancha negra do regime de exceção não pode e nem deve ser um trauma para superproteção de crianças, adolescentes, ou mesmo adultos, por algo que não pertence mais ao mundo deles, pois o relativismo político do estado brasileiro foi incorporado ao Estado Democrático de Direito.

    Ao se propalar a superproteção às novas gerações, que vivem a liberdade, ideal sonhado pela anterior, está se criando um grande paradoxo, pois a própria liberdade almejada pela geração anterior não pode ser utilizada como ferramenta para o bem comum, vez que os pais passam a controlar os passos de seus filhos de forma intensiva, coercitiva desde o nascimento, formando assim, não filhos reais, mais filhos ideais, modelos, referências, projetos, tudo, menos uma vida autônoma e soberana no espaço tempo.

    A vida não pode ser um projeto de vida que não deu certo em um ideal sonhado por outrem, visto cada um, ser único e total. Educação, orientação, sim, porém superproteção nunca, pois a superproteção é apenas um castigo disfarçado.

    * Professor – Aurora – Ceará.

    .

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  • 10/11/2010 em 16:49
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    Implosões Explosivas
    Luiz Domingos de Luna*
    Nunca tanto, a juventude, a conspirar contra o funcionamento saudável de seu próprio metabolismo. É incrível a sede por a sopa destrutiva consumida pelos adolescentes e jovens, da mais simples e, aparentemente, inofensiva substância, até a de complexidade maior para a implosão metabólica do próprio organismo.
    Esta busca desenfreada por esta massa explosiva que distrai, destrói e dilacera a fase áurea dos seres humanos em pleno alvorecer da mocidade, à progressão geométrica o consumo, deve ser um sinal de que algo distorcido vem ocorrendo no espaço social, pois a busca pela alteração da realidade não pode ser interpretado como um fator naturalizado da paisagem existencial presente.
    A história mostra que o consumo deste caldo destruidor, às mais das vezes, tinha uma bandeira de protesto, um justificativa, de cunho ideológico, político, familiar, social, enfim; os estudiosos sempre encontravam algo para justificar esta disformia, no consumo exagerado, destes radicais livres a entupirem a sobriedade do campo racional lógico, palpável e harmônico para a consistência do tecido sociológico como um todo.
    Á luz da convivência interativa no tempo presente, não são claros as forças pulsativas que fomentam a base para tal consumo deste material volumoso, que assassina o corpo e mata a alma humana.
    É até um paradoxo quando os idosos fazem de tudo para ter uma aparência jovial, uma espécie de eternização da juventude, numa luta diária para preservar esta fase, pelo menos na aparência, Já, a massa juvenil busca todas as formas para destruir essa aparência de vigor e esplendor, talvez até na busca da velhice precoce, porém se não for, uma coisa é certa a idosos precoces, pelo menos na aparência, são inexoráveis.
    Professor – Aurora – Ceará

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  • 27/12/2010 em 21:46
    Permalink

    Educação – Um edifício em construção.
    Luiz Domingos de Luna*
    No tapete da existência, a humanidade ruma, numa estrada infinita, renovada a cada geração, a corrente da civilização, a cada etapa, uma porção de conhecimento, cera básica para a harmonização da convivência dos seres humanos no espaço tempo.
    Não existe civilização sem conhecimentos, assim, quanto maior for o acúmulo de conhecimentos mais elaborado o processo de civilidade, e por extensão, a difusão deste, em ritmo acelerativo, forma o painel de coesão da totalidade, do conjunto, onde o progresso afirmativo é diluído em toda a textura sociológica, todo o mapa social é constituído de solidez, de consistência para a untação de valores que formam as colunas básicas da sociedade; logo a plataforma social deve ser constituída de uma amálgama forte e consistente o suficiente para: o todo compor as partes na amplitude geral.
    A Educação é um agente provocador de mudanças, numa dimensão interna, imperceptível inicialmente, pois é sempre o choque entre a convicção da leitura de mundo, já devidamente enraizada, sobre o pôster amostral da existência e a nova objetiva a que vem iluminar, para uma visão mais ampla, no compasso limitado de cada um.
    A Educação é um processo, e como todo, depende da ação anterior, do durante, e do posterior, se o processo nasce errado, dificilmente se chega ao acerto, pois como o próprio nome diz, é tão somente uma continuidade de acertos ou de erros. Assim qualquer falha no processo toda a seqüência está fadada ao fracasso, bem como a continuidade de acertos, somente poderá culminar com o sucesso pleno.
    A Educação pressupõe aptidão, todo sociedade apta a educação é uma sociedade desenvolvida, desde que, se entenda como aptidão, uma sede intelectual, uma motivação interna, uma vontade de dar o salto entre o conhecimento distante ao gosto de tê-lo aprisionado as equações dos já existentes, para que, já na intimidade do ser de cada um, a certeza de que, estas novas equações advindas do processo educacional é luz para si, para a família, para a sociedade, para o mundo e para a vida.
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