Ótimo vídeo: educação ambiental e sociedade de consumo

Fiz outro post melhor sobre esse vídeo, inclusive com ele na tela… VAI LÁ!

———– 

Bom gentes, pra começar, falo logo que é em inglês. Infelizmente. Com meu inglês “the besta”, entendi assim assim. Mas mesmo assim acho importante divulgar o trabalho.

Tudo começa com um simples iPod*…

Encontrei no blog do Luiz Prado e “pego emprestado” o texto que ele escreveu, que está muito bom.

Divirtam-se:

Educação ambiental engajada e de excelente qualidade

A maior parte dos programas de educação ambiental poderia ser resumida às aulas de biologia, geografia, química, ciências naturais e outras disciplinas ensinadas nas escolas.  Mas uma excelente peça de educação ambiental realmente contundente foi produzida por organizações norte-americanas e até o momento vista por mais de 1,5 milhão de pessoas, além de ser exibida em grande número de escolas e centros comunitários dos EUA, Ásia e África.

O vídeo se inicia com a apresentadora Annie Leonard mostrando um iPod e perguntando ao expectador se ele tem um desses?  Já se perguntou de onde vieram os materiais utilizados  em sua fabricação?  Pois eu fico obcecada com essa pergunta!”  E aí ela joga o iPod fora.

A partir daí, ao longo de 20 minutos de grande dinamismo Annie Leonard afirma que o sistema baseado no consumo está em crise pela simples razão de que o mundo das matérias-primas é finito, limitado.  Na seqüência, a animação mostra o governo norte-americano de joelhos limpando as botas das corporações, depois de afirmar que o símbolo do governo deveria ser um tanque de guerra. (…)”

Leia o texto na íntegra (com o link do vídeo).

Boa notícia: achei o vídeo com legendas…

http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755

———————————————————————————–

* Dindin:

Se você é como eu, tenha sempre à mão um dicionário de inglês! Veja os preços de alguns pelo BuscaPé.

 

 

 ————————————————————————————-

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

6 thoughts on “Ótimo vídeo: educação ambiental e sociedade de consumo

  • 01/03/2008 em 16:57
    Permalink

    Com meu costumeiro pessimismo, eu observo que, na década de 1950, um certo Vance Packard já alertava para a “tendência suicida” da “sociedade de consumo” e sua tática de “obsolescência programada”…

    E me pergunto: como é que vamos conscientizar as pessoas a não espalharem lixo de plástico pelo mundo afora, se, por exemplo, as “otoridades” exigem que condimentos, tais como mostarda e ketchup, sejam obrigatoriamente servidos em “sachets” de plástico “descartáveis” em nome da Saúde Pública?

    Resposta
  • 01/03/2008 em 17:11
    Permalink

    Oi João, é uma boa pergunta. Também acho uma imbecilidade; agora o açucar vem em pacotinhos, o sal, os palitos de dente!, até os canudinhos vêm em embalagens individuais…

    E ninguém nunca morreu por conta destas coisas. Acho difícil até que tenha ficado doente.

    É uma luta inglória, a da educação ambiental. Por isso não é só a questão dos “bons comportamentos”; é também uma educação política e crítica a esta sociedade doente, para que as pessoas possam fazer estas mesmas argumentações.

    E ainda outras, por exemplo: porque os eletrodomésticos, tais quais as geladeiras, os ventiladores, os liquidificadores de antigamente duravam muito e muito mais do que os de hoje, visto que hoje a tecnologia é muito melhor?

    Chegaremos à conclusão de que também é necessário mudar os nossos meios de produção e muitas outras coisas – as “otoridades” inclusive!

    Teve um imbecil deputado ex prefeito de Nova Iguaçu que fez uma pérola de projeto de lei – que acho que graças a deus não vingou – de obrigar os galões de água serem descartáveis (daqueles de 20 litros!). Já não basta o absurdo de comercializar água…

    As pessoas têm que ser suficientemente educadas politicamente para rechaçar este e outros tipos de otoridades.

    Resposta
  • 07/03/2008 em 01:38
    Permalink

    (…)porque os eletrodomésticos, tais quais as geladeiras, os ventiladores, os liquidificadores de antigamente duravam muito e muito mais do que os de hoje, visto que hoje a tecnologia é muito melhor?

    “Melhor” para quem? Meus pais se casaram em 1942 e, entre os petrechos domésticos, compraram um enceradeira Electrolux que durou até a mudança de ciclagem da energia elétrica (década de 1970). Eu ainda tenho o velho relógio Omega de meu pai que marca as horas perfeitamente… Qual é a verdadeira vantagem de um mostrador digital?…

    O primeiro carro que eu comprei foi um Karman Ghia que me serviu por longos dez anos… Hoje eu sou o infeliz proprietário de um Vectra que é um verdadeiro “maestro”: onde para, dá um “conserto”…

    E, se você ganhar na Mega-Sena, não compre uma TV de plasma: a tecnologia já está obsoleta para a TV digital…

    Isso tudo o Vance Packard já reclamava na década de 1950: as coisas são feitas para não durar. E cada vez mais são “caixas pretas”: a porta de meu eficientíssimo refrigerador “frost free” não admite a troca da borracha de vedação; tem que trocar a porta inteira… Desista de aprender mecânica de automóveis: os defeitos, agora, são no “computador de bordo” (como meu filho está sofrendo na mão da Peugeot – o carro sai do conserto, roda um mês e volta para a oficina…)

    Quem apregoa as “vantagens” das novas tecnologias é a mídia, buscando angariar os favores dos anunciantes…

    Por falar nisso: já recebeu seu “novo” “laptop”?… É claro que ele vai precisar de uns “upgrades” para se tornar verdadeiramente funcional… E, na hora em que você montar uma apostila para sua aula, a direção da escola vai lhe responder: ah, Declev!… Não dá para imprimir não, porque os cartuchos da impressora andam pela hora da morte, além disso continua não havendo papel…

    Em compensação, você já pode acessar os mapas da sua cidade pelo celular e não se perder no caminho de casa para a padaria… Algo inestimável para pessoas que, se apagar a luz, não conseguem achar a própria bunda usando as mãos…

    Resposta
  • 07/03/2008 em 10:32
    Permalink

    Fala João,

    É isso mesmo, concordando com você de novo. Quando eu digo que a tecnologia é muito melhor é porque teoricamente o é.

    Só que ela também é utilizada pra fazer as coisas durarem o tempo que o fabricante quiser.

    Quando um carro não sai do conserto, tem um motivo. Quando uma geladeira só dura sem defeitos 5 anos – quando muito – tem um motivo.

    Esta “obsolescência planejada”, como diz seu próprio nome, é planejada. As coisas são feitas pra isso: acabar rápido, dar defeitos até que você se encha e compre outro!

    É a tecnologia a favor do consumismo e – por tabela – da acumulação de riquezas de uma pequena parcela.

    E essa “desculpa” de que tem que vender pra poder produzir para poder gerar empregos, pra mim é furada. Se assim o fosse, não poderíamos nunca acabar com a violência; já viu quantos empregos ela gera? Políciais, médicos, enfermeiros, motoristasa de ambulância, remédios, sistemas de segurança…

    Resposta
  • Pingback: Vídeo "A História das Coisas" em bom Português | Diário do Professor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *